Resenha de livro: O Exorcista

E aqui está a primeira resenha de livro de 2017! A leitura é um hobby que eu amo e eu sempre gosto de compartilhar os bons livros que li.

E a resenha de livro do mês é um prato cheio para os fãs de terror: trata-se da famosa obra lançada na década de ’70, o livro “O Exorcista”. Continue lendo e saiba tudo sobre a obra e o que eu achei dela.

Resenha do livro O Exorcista

O livro é de 1971 e fez tanto sucesso na época que deu origem até mesmo a um filme, de mesmo nome e cujo roteiro foi redigido pelo mesmo autor, William Peter Blatty.

O livro se trata, basicamente, da história de uma garotinha de 12 anos que foi possuída pelo demônio, e é baseado em fatos reais.

O livro que eu mostrei na foto acima é um exemplar da 40º edição de aniversário da obra e foi comprada na Amazon.

Sobre o autor

Eu gosto de falar um pouquinho sobre os autores dos livros que resenho aqui, afinal de contas, eles merecem ser lembrados, especialmente quando o livro é bom (lembrando que eu só resenho aqui os livros que eu realmente gostei, logo, é um pré-requisito dar uma palavrinha sobre o autor!):

William Peter Blatty é escritor e roteirista norte-americano. Sua obra-prima, O Exorcista, um dos romances mais polêmicos já escritos, tornou-se um fenômeno literário: ficou 57 semanas na lista de best-sellers do New York Times, 17 como o número um.
O autor também foi o responsável pelo roteiro da adaptação para o cinema de 1973, pelo qual ganhou um Oscar. O filme também conquistou dez indicações ao prêmio, inclusive de melhor filme, algo inédito para uma obra de terror.
Fonte: orelhas do livro da edição de 40º aniversário
Infelizmente, o autor veio a falecer recentemente, em 12 de janeiro de 2017.

Sinopse

Acho importante também colocar aqui a sinopse disponível também em uma das orelhas do livro, para aguçar a curiosidade:

O mal toma várias formas. E a literatura e o cinema parecem se desafiar a criar inúmeras personificações desse mal. Seja com monstros, formas deformadas de nós mesmos, ou demônios, a indústria do entretenimento sempre foi bem-sucedida em representar a essência do nosso lado maus reprovável. O exorcista, no entanto, conseguiu ultrapassar esse limite.
Inspirado em uma matéria sobre o exorcismo de um garoto de 14 anos, o escritor William Peter Blatty publicou em 1971 a perturbadora história de Chris MacNeil, uma atriz e mãe que está filmando em Georgetown e sofre com as inesperadas mudanças de comportamento de sua filha de 11 anos, Regan. Quando a ciência não consegue descobrir o que há de errado com a menina e uma nova personalidade demoníaca parece vir à tona, Chris busca a ajuda da Igreja no que parece ser um raro caso de possessão demoníaca. Cabe a Damien Karras, um padre da universidade de Georgetown, salvar a alma de Regan, enquanto tenta restabelecer a sua fé, abalada desde a morte de sua mãe.
Em O exorcista, Blatty conseguiu dar ao demônio a sua face mais revoltante: a corrupção da alma de uma criança. A jovem Regan é, ao mesmo tempo, o mal e sua vítima. Ela recebe a pena e a revolta dos leitores e espectadores em doses equivalentes e, mesmo quarenta anos depois, seu sofrimento e o abismo entre o que ela era e o que ela se torna continuam nos atormentando a cada página, a cada cena. Até, enfim, descobrimos que não se trata apenas de uma simples história sobre o bem contra o mal. Ou sobre Deus contra o demônio. Mas sobre a renovação da fé.

O que eu achei do livro O Exorcista

Acho que a primeira dica que eu tenho obrigação de deixar aqui é a seguinte: não leia se você é facilmente afetado por esse tipo de história, o livro O Exorcista, só por ser livro, não deixa de ser tão (ou ainda mais, talvez) pesado do que o filme.
Logo no início do livro, nos primeiros capítulos, uma série de atos animalescos de vandalismos em igrejas são descritos sem eufemismos ou meios termos, tanto que algumas partes eu preferi não ler (mais especificamente, a descrição da missa negra, uma versão satânica da Santa Missa católica, que visa profanar e ofender a Deus, eu preferi me preservar de tanto horror).
Ao longo da história, e conforme a possessão diabólica vai ficando cada vez mais ativa e intensa, muitos acontecimentos e diálogos perturbadores são narrados.Mesmo as obscenidades ditas pelo espírito possessor não são suprimidas, então se você vai ficar com muito medo ou muito impressionado(a), não leia, ou arrisque-se por sua própria conta e risco.

A história começa com o Padre Merrin, que lidera uma escavação no Iraque à procura de relíquias antigas, que descobre uma estatueta do demônio Pazuzu justaposta por uma medalha de São José, o que indica que um grande embate entre o bem e o mal está por vir.  Enquanto isso, em Georgetown (EUA), Regan, uma solitária garota de 12 anos e filha de uma famosa atriz, começa a brincar com um tabuleiro Ouija em busca de distração.
Um dos fatos que mais me impressionou na história é a terrível descrença do padre Karras. Ele é um psiquiatra e tenta a todo momento provar a si mesmo que o caso não se trata de possessão diabólica, que todos os fenômenos teriam uma explicação racional.
Para ele, possessões demoníacas são coisas da Idade Média. Admito que isso me deixou bem nervosa, pois conforme ele ia dificultando as coisas e negando a realidade, Regan sofria cada vez mais.

Ao contrário do que muitos pensam, não é nada fácil conseguir a aprovação de um ritual de exorcismo na Igreja Católica, e o processo pode levar meses. Primeiramente, a Igreja exige que se avalie o suposto caso de possessão sob a ótica científica e ter todas as provas possíveis que o problema não se trata, na verdade, de um distúrbio mental ou uma simulação.

Por esse lado, a descrença do padre Karras, entretanto, foi bastante útil para coletar material científico necessário para convencer o bispo local (e também ele mesmo) de que se tratava realmente de um caso de possessão diabólica.

No geral, é um livro excelente. É uma obra que pode proporcionar muito aprendizado com relação à ação direta do mal aqui na Terra (embora a possessão não seja, nem de longe, a forma mais comum) e como a descrença pode trazer grandes riscos, ainda mais quando se trata de um sacerdote. O padre Paulo Ricardo, por exemplo, diz:

“Mesmo sendo agnóstico, William Friedkin [diretor do filme O Exorcista] explica que, na trama, “o objetivo do demônio não é a menina, mas o sacerdote que está perdendo a fé”. O filme fez tanto sucesso nos Estados Unidos que chegou mesmo a suscitar vocações para a vida sacerdotal.”

Mesmo que o trechinho acima esteja relacionado ao filme, vale lembrar que este teve como base o livro aqui resenhado, tanto que, como já foi dito, o roteirista foi o próprio autor do livro.
Mesmo se já tiver assistido ao filme, dê uma chance para o livro,vale muito a pena! 😉
E então, já leu esse livro? Ou só viu o filme? Deixe sua opinião nos comentários, adorarei saber sua opinião!

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